sábado, 28 de fevereiro de 2015

Professoras

Na sequência do post do sucesso escolar queria apenas dizer aqui que há professoras interessadas verdadeiramente nos seus alunos e no seu bem estar, como é o caso da professora a cuja disciplina a Mi teve 85% e que se preocupou, fora do horário escolar, em saber se a Mi estava bem.
Sabe bem saber que para além da docência há um sentir pelos alunos, uma preocupação genuína pelo bem estar dos alunos e isso deixou-me o coração preenchido.
Sei que a Mi é especial, mas felizmente tem encontrado professores/as que se preocupam com ela, que a apoiam e incentivam e isso é fantástico. Desde a educadora à auxiliar que teve no jardim infantil, a professora do primeiro ciclo e professoras/animadoras/auxiliares que a acompanharam no ATL, e agora do 2.º ciclo, a Mi tem encontrado excelentes profissionais, tal como a Mg também no jardim infantil e no 1.º ciclo e o F. na creche e no jardim infantil.
Estas professoras e professores a que me refiro são do ensino público, têm as preocupações inerentes ao ensino público, deparam-se com os problemas do ensino público, mas na sua grande maioria não perderam o seu lado humano, dão aulas por prazer, ensinam com vontade e preocupam-se com os alunos de coração e isso vale ouro. É, aliás, o que mais vale na vida escolar destes alunos.
Tenho apenas pena que o ensino público se vá degradando, mas não é por culpa destes professores, não é de certeza....

Sucesso escolar

Sempre soube que isto ia acontecer... Eu era uma excelente aluna na escola, tirava sempre boas notas, entrei para o curso que queria com boas notas, terminei bem, escolhi a carreira que quis e tenho a profissão que desejei. Até aqui tudo certo, mas isto deixou-me alguns problemas em encarar o insucesso escolar. Não o consigo aceitar como uma inevitabilidade e não o tolero. Mas o meio termo também não....
Sempre disse que seria para mim muito complicado aceitar qualquer menor sucesso dos meus filhos na escola uma vez que nunca tive tal situação. Sempre fui perfeccionista e nunca gostei de ter notas baixas...
Pois é... sempre disse e continuo a afirmar e a verificar isso no dia a dia. Não tolero bem que as MM's baixem notas, não gosto e fico desiludida. Claro que 5 minutos depois passou e a vida continua... Mas não gosto mesmo nada e fico bastante irritada.
E elas, como reagem?
A Mg basicamente não quer saber... não ganhou, ainda, o gosto pela escola, gosta de ter boas notas mas não lhe tira o sono se descer uma nota como aconteceu recentemente. Fiquei frustrada pois ajudei-a a estudar e a nota desiludiu-me. Eu sei que ela não gosta de estudo do meio.... eu também não, mas tem que ser e fico triste de ver que ela não tem brio e não é ambiciosa. Ralhei, passou-me e quando lhe disse 2 ou 3 dias depois para estudarmos para ir acompanhando a matéria, não está para aí virada e estudar não é algo que lhe agrade... o que tem feito para isso? Deixa voluntariamente o livro na escola. Tenho aqui um osso duro de roer que me custa imenso.
A Mi não é bem assim. A Mi está habituada a ter excelentes notas e a ser muito boa aluna. Tem objectivos fixados e definidos e ter boas notas para os alcançar faz parte do caminho. Admito que coloco nela muita pressão pois sei que ela é fantástica e estou sempre à espera do máximo nela... Esta semana, porém, recebeu uma nota que deixaria quase todas as crianças felizes, menos ela (e eu... admito) 85%, no 6.º ano. Bom, não ficar agradada com a nota faz parte de quem gosta de ter notas de 90% para cima, mas o pior é que chorou imenso pela nota. Bolas, nem eu era assim... Não a quero frustrada por ter um 85%... não é justo para a miúda. Percebi que se sentiu injustiçada pois não concordou com a correcção do teste, embora eu pense que os pontos da discórdia dela não terão sido valorados - até porque concordo com a Mi quanto à correcção. Por outro lado, sentiu-se injustiçada porque vários colegas sabiam o teor do teste e respectiva correcção antes do mesmo, tendo-o obtido através de um centro de explicações, o que deixou a Mi com uma sensação de injustiça ainda maior.
Mas, independentemente de eu concordar com a posição da Mi quanto ao teste em questão, a verdade é que ela chorou porque teve uma boa nota num teste e não quero esta pressão nela. É óbvio que as incentivo a ter boas notas e ralho pelas más notas, mas 85% não é uma má nota.... é uma nota boa, não ao nível da Mi mas é boa. Não posso deixar que a Mi se sinta assim pressionada pelas notas, tem muitos anos escolares pela frente e pode nem conseguir o seu objectivo em termos profissionais. Se não a sossego pode ficar frustrada ao não alcançar algum objectivo.
Pese embora eu seja muito refilona com as notas, a verdade é que admiro e muito a Mi, a capacidade dela de estudar, de lutar, o brio dela e ambição escolar dela. É muito melhor aluna que eu e admiro isso e se calhar tenho de lhe demonstrar isso mais vezes. Incentivar o sucesso escolar mas sem pressões.
Vêm aí duas semanas intensas de testes e não vai ser fácil. O sucesso escolar dela não é, no entanto, mais importante que o seu bem estar e é este o pensamento que está neste momento na minha mente.
Sempre disse que não conseguiria ser mãe de maus alunos, mas também está a ser complicado ser mãe de boas alunas... Bolas.... Porque é que os filhos não vêm com manual de instruções?

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Sou cristã e católica

Sou cristã e católica. É desde logo uma afirmação de vida, de fé e de princípios. Nunca tive medo ou vergonha de o afirmar e agora mais que nunca o reafirmo.
E estou verdadeiramente preocupada com o que se passa com os cristãos no mundo. Leio notícias de crianças cristãs enterradas vivas, levadas para redes de prostituição com menos de 8/9 anos. ... vejo jovens cristãos decapitados na praia... vejo cristãos perseguidos, maltratados, torturados e assassinados por gente que se arroga poder fazê - lo. Ando triste, desiludida e apreensiva pois o EI ameaça continuar e piorar. Incita a que se queimem igrejas e se continue o massacre e temo por todos os cristãos.
Nunca senti tão forte a ameaca contra o cristianismo. A maldade não poderá prevalecer mas enche-me de receio. Creio que chegará a hora em que os cristãos levarão estas ameacas mais a sério e temo uma guerra santa. Acredito que o cristianismo sairá prevalecente mas tenho medo.
Por isso, porque acho que não é tempo de meias palavras: sou cristã e católica!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Verdade acima de tudo

Tenho-me debatido nos últimos dias sobre este assunto e sobre como o ensinar aos meus filhos em especial à Mi.
Resumidamente a Mi e algumas colegas estariam a sofrer algumas rasteiras e pontapés a elas associados que as magoavam e as deixavam bastante ansiosas e tristes. Eu não sabia de nada e andava descansada até uma professora fantástica da Mi, das que realmente se preocupam de verdade, me perguntar o que se passava com a Mi. Fiquei estupefacta, para mim nada se passava... Perguntei à Mi e contou-me que uma colega lhe andava a fazer rasteiras que muitas vezes eram verdadeiros pontapés nas canelas e que isso a magoava e não tinha como parar a colega. Disse-lhe para dizer à colega para parar mas segundo a Mi já tinha dito e não tinha adiantado. Disse à Mi para se defender mas não conseguiu, a Mi não consegue ser agressiva por nada deste mundo. Não quis ser eu a resolver o assunto pois a Mi já tem 11 anos. Soube que havia pelo menos mais duas miúdas bem afectadas e uma quarta também. Já era exagero. Recomendei à Mi contar à Directora de Turma.
Na mesma semana surgiu algo a meu ver grave da turma da Mi. Essa mesma colega, presumo e acredito que sem ser de propósito estragou uma parte do trabalho de grupo da Mi, nomeadamente uma peça que uma outra colega tinha levado. Bem, isto pode acontecer a qualquer um e nada de grave se passaria. Mas a colega da Mi saiu do local onde se encontrava, e voltou a entrar como se ali nunca tivesse estado e simulou desconhecer o sucedido. Perante a professora que perguntou quem fez aquilo negou ter feito algo. Perante a ameaça da professora de penalizar toda a turma caso a pessoa não se acusasse aquela colega nada fez, inclusivamente corroborando o boato de que teria sido outra colega a fazer aquilo. No final da aula, a colega da Mi assumiu ter sido ela a estragar o trabalho mas não quis assumir perante a professora para não ser castigada.
A Mi chegou a casa revoltada no seu sentido de justiça. A Mi é uma criança que não mente, uma criança que não suporta a mentira, não suporta a falsidade e não suporta  injustiça. Vinha revoltada, nervosa, ansiosa e sem saber o que fazer.
Qual era o problema da Mi? Por um lado não queria deixar mal a colega que agira muito mal mas não podia deixar a turma ser prejudicada por algo que sabia quem fez e não podia deixar que outra colega ficasse com as culpas, ainda que por boato, de algo que não fez.
Conversei longamente com a Mi. Pesei com ela os prós e os contras. A Mi, ainda por cima é subdelegada de turma. A Mi decidiu que tinha de contar à professora quem actuou. Não pela gravidade do facto. Estragar um trabalho pode acontecer a qualquer um... mas pelo facto de não ter assumido o seu acto, por ter deixado que toda a turma fosse prejudicada, e por ter deixado que uma outra colega ficasse com as culpas do seu acto. A Mi não podia pactuar com esta situação.
Na aula seguinte tentou, mas com medo não conseguiu falar até que na segunda aula seguinte conseguiu contar à professora o sucedido.
Bom.... estas foram as duas situações que envolveram a Mi e uma colega, a mesma em ambas as situações, por coincidência (...).
A colega foi chamada à atenção pela DT para as rasteiras e defendeu-se mentindo. Tentando dizer que as miúdas também lhe faziam o mesmo quando sabe bem que é mentira. Só ela fazia rasteiras a estas miúdas.... Mas elas estavam tranquilas porque nós, mães, as tínhamos aconselhado a contar.
Quanto à segunda situação, a Mi recebeu várias mensagens no seu telemóvel, escritas por uma outra colega, que segundo sabemos estava com a colega que praticou os factos. Essas mensagens eram de teor grave. Chamavam nomes encapotados à Mi e tentaram convencer a Mi a desistir da verdade e pactuar com a mentira.
A Mi não mente e não pactua com a mentira. Sofreu horrores com essas mensagens mas manteve-se íntegra, como só ela.
A colega já confirmou e já assumiu o que fez.
Penso que a professora desvalorizou a gravidade de a miúda não ter assumido o que fez antes, porque os pais da colega da Mi foram à escola pressionar as duas professoras, a DT e a responsável da disciplina.
O que interessa é que a colega assumiu, a verdade está reposta. Nas duas situações.
Não me sinto nem triste nem feliz pela colega. Espero que tenha saído uma pessoa melhor desta situação, pois aprendeu que não deve agredir colegas, que deve assumir os seus erros e não deve mentir.
Estas regras são para a Mi básicas e fazem parte da sua educação moral e pessoal. É bom ver que as atitudes da Mi servem para ensinar tais regras básicas de convivência a outras crianças que não as sabem.
Mas a grande questão é exactamente se estamos a ensinar os nossos filhos a serem verdadeiros?
A Mi sofreu pressões, ouviu chamarem-lhe nomes, ameaças e mesmo assim manteve-se fiel à verdade. Quantas crianças aguentariam o que a Mi aguentou? Estaremos nós a ensinar os nossos filhos para defenderem a verdade acima de tudo? Eu sei que no caso da Mi não falhei e espero conseguir o mesmo como os manos, mas acreditem que me custou e custa horrores ver o que ela sofreu e sofre.
As melhores amigas apoiaram a Mi e estiveram do lado dela. As mães das melhores amigas também. Crescemos todas com isto e penso que foi uma lição de vida que a Mi deu a todos e a mim. Eu não sei se aguentaria o que a minha filha aguentou..... Só espero que todos nós estejamos à altura da Mi...
Que orgulho da minha filha! Grande menina

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Erros ortográficos. ..

Sei que não são horas para isto mas irrita-me imenso as pessoas escreverem com erros ortográficos. .. não aderi nem penso aderir ao novo acordo ortográfico mas independentemente desse aspecto detesto erros ortográficos. ..
Estava a ler um post no facebook e estava a deixar - me nervosa ver tantos erros.... os dois mais comuns são a utilização indevida do à e há. .. custa muito pensar antes de escrever e ver se estamos perante uma forma do verbo haver????
Outro erro muito comum é a invocação do desgraçado do "Deus" Hades em vez de hás-de???
Algo que me tira do sério é a utilização dos c e s.... anciosa??? Interecada???? Lembransa??
No telejornal da noite fiquei parva com uma terapeuta da fala - que deveria saber falar... afirmava a senhora muito indignada que o assunto que a perturbava tinha sido analisado e diferido pelo Ministério pelo que não sabia porque não lhe tinha sido paga a quantia depois do seu diferimento. ... Qual o espanto da senhora???? Se foi diferido e teve despacho de diferimento é natural que seja pago mais tarde pois foi atrasado... quereria dizer deferido e deferimento? ????
Bolas que chateia. ....

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Tarde de amigas

Sim, uma tarde de amigas com as filhotas é fantástico!  Sábado eu e as MM fizemos um programa de meninas... Fomos à inauguração de uma loja de roupa infantil que adoramos e abriu em Lisboa, a Bastidor Colorido. Depois as MM foram a uma festa de anos de uma amiguinha do coração enquanto eu aproveitei para pôr a conversa em dia com amigos e terminámos o dia às compras.... adorei!  Sei que estão a crescer e já não são as minhas bebés mas é tão bom poder ter as minhas filhas programas com amigas!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Cinismo e hipocrisia

Quem me conhece bem sabe que se há coisa que não sou é hipócrita ou cínica. Sou até um pouco parva pois tendencialmente confio nas pessoas e acredito na sua sinceridade mas quando me desiludem é para mim como espetarem-me uma faca nas costas.
Recentemente senti isso. Senti a minha confiança traída. Senti que falei abertamente, que fui eu própria e alguém violou essa confiança.
Pior ainda não sei quem foi. Num grupo fechado entre pessoas que considerava amigas contei coisas, comentei opiniões e dei a minha opinião e alguém desse grupo contou a terceiros tais conversas. Grave. Gravíssimo.
Estou tão magoada mas neste momento o que mais me custa é não saber quem traiu a minha confiança. Não saber quem foi a pessoa mal formada que eu considerava amiga e não é. Estou sempre a olhar para trás com desconfiança. A falar pela metade com receio de estar a falar com quem me traiu. ..
E o pior de tudo. .. é que para todas as outras que como eu nada fizeram eu também posso ser suspeita. ..
Um horror.
Odeio todo o tipo de cinismo e hipocrisia e neste momento mais que nunca....
Estou realmente magoada....

Pintar cabelos a crianças????

A sério, eu até sou daquelas pessoas que acho que devemos criar, educar e vestir os nossos filhos como gostamos. Sou muito liberal mesmo e pouco me choca mas pintar o cabelo a uma filha ou um filho???? Como?
Não concordo especialmente se isso resulta de um desejo da mãe e não dos filhos. Eh amo os meus filhos como eles são, não idealizo uma cor de olhos ou de cabelo diferente e nunca, mas nunca mesmo eu seria capaz de alterar o aspecto físico dos meus filhos para, por exemplo, terem mais sucesso no mundo da moda infantil. Não concordo e sinceramente fiquei chocada ao saber que há mães que fazem isso. Não gosto nada mesmo. Tenho dito....